Peço-lhes que desconsiderem minha incapacidade de escrever o que esperam,nunca fui bom nisso e é só por não se ouvir que se escreve ,é só por não se ler que se escreve que tudo fica às escuras.e conforta mesmo,desconsiderem a magnólia ,os cacos brilhosos de um estouro etílico no meio da rua,apenas um pá e nada mais, só um pápápá e pronto, mais o chão cortado.A magnólia e cacos de vidro?,mas que tem a ver um com outro? A dor de ser o mesmo ,de ter uma língua leve e pouca,um sentimento pesado,o caos venal obscuramente me arrudiando.é ,estou vivo.parei de ser belo pra ser um aberro,um sol sem raio,uma bola vermelha louca com impotência lucífeca.por isso não esperem coerência artística,perdi a essência,depois de pichadas as paredes da escola,depois de grades na sala de aula,depois de escritos por dedos sujos de merda nas paredes de banheiros,esqueci a flor,e nem sei caracteriza-la.Por isso é sorte ser lido,não lêem mais lírios,por que lerão merda?. Temos muito com isso e ao mesmo tempo nada,queremos a piscina sempre limpa e queremos compras no melhor supermercado shopping centers e tal,queremos o artista global.Por isso o sol é pra todos,mas a queimadura dele pra alguns muitos ,que sofrem falta de flor de palavras nos poemas.a pele limpa da poesia é cortada com uma navalha caótica que a suja de sangue.E o fim disso e dos demais ,não sei, com todo direito a não querer saber.
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- "Lá chegam todos,lá chegam todos... qualquer dia,salvo venda,chego eu também... Se nascem,afinal,todos para isso..." Álvaro de Campos