domingo, 22 de novembro de 2009

ATÉ AGORA

















































SÓ ESPERA

quinta-feira, 22 de outubro de 2009

Melhor se calar pros outros.Maneiro é o silêncio.E ele, bem leve em si fica.

Melhor ainda é caminhar ao redor da vulva,ao passo adentro escuridão...

Melhor escuridão:confortante.
Ar que não entra nem sai.
Prêmio maior nos TEMPOS NOSSOS:
Apesar de Deus não existir,a pele existe.

A fila em frente,redemoinho de gente,moinho de carne,rachados em calor olhos e olhos e olhos que são dos animais empurrando-se para um pequeno sopro na testa.



A vida bem devagar anda para os grandes lábios que chupam nossos olhos e corações.



Melhor mesmo é o absoluto nada,esse conforta simplesmente em palavra.Mas como as outras:tédio sempre no mesmo meio-dia de sol... suor...
Por isso te encara em frente ao espelho,ou qualquer merda de coisa, que te engane com o reflexo do que não é.


-não é,entende?!



-entende mesmo Então?!



Nas minhas mãos se esvaem como gelatina todas as certezas de homem que sou não consegui pegar nada somente aparência...

Melhor suor cuspe leite de pau vagina sangue e água que nos torna...

-vaselina nas coisas profundas que o grande olho observa e queima e eu preciso demais sempre escorregar.






"A verdade cega, como a luz. A mentira, pelo contrário, é um belo crepúsculo que realça cada objecto.”

Camus,em A Queda.







Lamento afetar seu gosto pela falta do ideal esperado.A sobrevivência fala mais alto sempre,e até quem quer morrer está ainda vivo.


sexta-feira, 25 de setembro de 2009

"Indepedência ou morte
Descansa em berço forte
A paz na Terra amém"

Fernando Brant & Beto Guedes & Lô Borges
Os cães se rondam em alegria, e nem sequer lembrei do caos de paredes empoeiradas e dos pequenos, com seus demoniozinhos, que me atordoam no girar do mundo. Línguas de ponta dupla. Meu país abaixo toda hora. Fraco como o próprio juízo, insuficiente para encarar tais indeterminadas coisas.
Deus me espera na porta (cinto na mão: aborrecido, justo e apreensivo) eu pisei nas formigas pela falta de retidão, pelas cores inadequadas, pela falta de língua, por não saber da força que é ser.
Domingo bem a frente se agarra a mim, parado seja o sol na eternidade da vida mansa e besta, deixando o pai esperar- Sete dias para criar é muito pouco. Tomara meu deus meus deuses, que nem tempo exista. E que saia do dicionário as coisas reais, inclusive essas palavras.

terça-feira, 30 de junho de 2009

Variação espiralada
para um determinado caracol vermelho

Um caracol é um caracol.Assume-se em curva,negando-se à linha reta da solidão.________linha padrão.
Em tãos rodeios e rodeios frente aos meus castanhos,inútil contar os pontos pretos,há de se ver na camada ofuscante o início,meio e fim.Sem fim.-o silêncio do meu não,é mais e mais um sim sincero.Letais molares espirais,ataque de caracóis qual curva das linhas do sol.
Desassossego.
Se mira,duas grandes bolas de chuvas de sangue vermelho.Vermelho.Nós,soterrados sob céu que inflama em fogo das santas de luz,enchama.
Sinais,sinais ,sinais e sangue soa voz de passarinho certeiro.Sangue e mais sangue com fogo e dança na roda das varialmas de passo e compasso com coco.Se paro, tudo isso me vê e me vem.
Um caracol é um caracol.Assume-se em curva...

quarta-feira, 3 de junho de 2009

GÊNESIS

se vira do pó se mexe o silêncio sacode no céu-Estrela. Se só,sossego sorrido me lambo pra lua e a senda da nó.
Céu feito.
barulho pegado e faz dois e feito de eco efeito um jato em mil.Perfeito.

Perfeito.Perfeito...

E o resto?

A água e o vinho em um bater forte das gotas que cospe, nem sei se em pecado ou em salvação.
E as Vastas correntes, correligionárias, em tormenta e gritos, areia na boca misturam a canção.

é um turbilhão de pólvoras a todo estopor,uma grande prostituta que amamenta os peões moribundos de pés e mãos enormes quase sem cabeça(de merda então).quem há de importar-se?

o rei de desdita nem sabe se dita ou não sabe a canção.
a crença é que rege o besta que elege quem vai ter ou não.

um bom lugar de frutos e calmarias.o céu apareceu pra mim toscamante chamejante e veio a criatura no universo placentário,tão somente em si.
me faço.
E FEITO



quarta-feira, 6 de maio de 2009

abra bem a boca e engula.

abra bem a boca e engula.

Ai,Meu deus do céu!
em um só momentinho engasgado sem dó

baba desce e bate no peito.banha de porco,busto de bicho,pomba doente.multifacetador de pequenas sementes.

arena cercada de todas as hienas cínicas em estrelato na vida.
diálogo de vento sem ida.
massa de gente carcomida nos olhos e na língua.
uma chupada nas verdades que fere tanto a goela de berro contido pelo fenomenal tamanho do estrago que fez,que faz.

vai à Miracolópolis e arranja uma gilete,e eu rasgo as tripas com a mesma ligeireza do criar das coisas.
conforme Deus,conforme.
conforme espelho crivado,que demais de buraco é meu e eu ,sem imagem.


terça-feira, 14 de abril de 2009

UM MAL SECRETO FINAL DE DIA BEM QUENTE


me queimou.
os tentáculos do sol são sugados pela bola maior até que o pequeno espelho d'água escureça.

e minha pele para de morrer.vai já,ilusão demente.

é assim que me ama,solzinho.
seca minhas folhas,e rouba água dos galhos.
e eu, na ilusão de uma justiça acredito na luz que acende minha beleza.
na ilusão de uma de alguma justiça, as cores da vida estão acesas, ...mesmo que me mate depois bem devagarinho,seca e só.

terça-feira, 31 de março de 2009

" O Super-homem sem pernas não pode mais correr"


Dance of Days

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

Já quase no fim,o boi geme como nunca me vi.A união do couro já já desfaz,e o que esborra é sangue.
Pêlos manchados,vermelhidão tomada,olhos de morte.
Acabou?

Nada.O costume já tenho,mas hoje tá foda.
Fecha-se fronteiras,a carne de tanto sal à gosto de morte,seca.Sim, seca o indivíduo,que quer sair ,mas não sai.O portão de arribar lá distante longinho distante,Dez passos. onde um só é impossível.
O sol lembra-se de vingar,tipo queimor de carnaval,verãozão dos infernos.
boi do diacho pra morrer.Contorcendo-se, gasto,vivendo-se morto.Ele lá,firme forte com dor.

E não é que um abatedor não costuma fraquejar!
O
portão bem ali.
Vai vai vai.
Vai nada.parafusou-se,pálido como víbora.

quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009

ela,rodopiando em branco e preto.pula pula salta só.derrete de calor sem cor na grama branca.ata desata reata nó.
e eu,
o translúcido que vê,babo histericamente a imagem real de um sonho extraordinário.

até a ponta da faca, a milésimos de segundos do coração, consente atraso.
carregado de insignificância,o arco-íris retira-se. e o sol permite-se branco a esse turbilhão confuso.é um estouro,um vácuo dessemelhante a tudo. filme nunca visto.infilmável.faltam cores.mas se faltam,que falte,não me venha mais...

indefinível aos olhos.
a branco e preto sem cessar rodopia gira salta solta os cabelos.
em frente ao pai,ao padre,à puta,ao povo


-PÁRA A DANÇA!
-PÁRA A DANÇA!


e pára dança não acontece.
impossível.


trilhões de trompetes,trombones e trompas ejaculam imprevisíveis notas jamais dançáveis.e lá ela roda gira salta solta,lá ela dança,pula geme passa.
até que se misture treva e luz,em círculos e mais círculos de caos.gira, salta e solta no ar.

...

lá o translúcido,sempre só, translúcido ...faca no peito...sempre sempre ...

sexta-feira, 30 de janeiro de 2009

Peço-lhes que desconsiderem minha incapacidade de escrever o  que esperam,nunca fui bom nisso e é só por não se ouvir que se escreve ,é só por não se ler que se escreve que tudo fica às escuras.e conforta mesmo,desconsiderem a magnólia ,os cacos brilhosos de um estouro etílico no meio da rua,apenas um pá e nada mais, só um pápápá e pronto, mais o chão cortado.A magnólia e cacos de vidro?,mas que tem a ver um com outro? A dor de ser o mesmo ,de ter uma língua leve e pouca,um sentimento pesado,o caos venal obscuramente me arrudiando.é ,estou vivo.parei de ser belo pra ser um aberro,um sol sem raio,uma bola vermelha louca com impotência lucífeca.por isso não esperem coerência artística,perdi a essência,depois de pichadas as paredes da escola,depois de grades na sala de aula,depois de escritos  por dedos sujos de merda nas paredes de banheiros,esqueci a flor,e nem sei caracteriza-la.Por isso é sorte ser lido,não lêem mais lírios,por que lerão merda?.  Temos muito com isso e ao mesmo tempo nada,queremos a piscina sempre limpa e queremos compras no melhor supermercado shopping centers e tal,queremos o artista global.Por isso o sol é pra todos,mas a queimadura dele pra alguns muitos ,que sofrem falta de flor de palavras nos poemas.a pele limpa da poesia é cortada com uma navalha caótica que a suja de sangue.E o fim disso e dos demais ,não sei, com todo direito a não querer saber.

"Lá chegam todos,lá chegam todos...
qualquer dia,salvo venda,chego eu também...
Se nascem,afinal,todos para isso..."

Álvaro de Campos

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"Lá chegam todos,lá chegam todos... qualquer dia,salvo venda,chego eu também... Se nascem,afinal,todos para isso..." Álvaro de Campos