Já quase no fim,o boi geme como nunca me vi.A união do couro já já desfaz,e o que esborra é sangue.
Pêlos manchados,vermelhidão tomada,olhos de morte.
Acabou?
Nada.O costume já tenho,mas hoje tá foda.
Fecha-se fronteiras,a carne de tanto sal à gosto de morte,seca.Sim, seca o indivíduo,que quer sair ,mas não sai.O portão de arribar lá distante longinho distante,Dez passos. onde um só é impossível.
O sol lembra-se de vingar,tipo queimor de carnaval,verãozão dos infernos.
boi do diacho pra morrer.Contorcendo-se, gasto,vivendo-se morto.Ele lá,firme forte com dor.
E não é que um abatedor não costuma fraquejar!
O portão bem ali.
Vai vai vai.
Vai nada.parafusou-se,pálido como víbora.
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- "Lá chegam todos,lá chegam todos... qualquer dia,salvo venda,chego eu também... Se nascem,afinal,todos para isso..." Álvaro de Campos
sinto-me vaca, assim, de pensar.
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