arcanjos fedorentos com gosto de enxofre eu sou jorge de lima o caos em panfleto tirando o bem mal do coração de belzebu eu sou antônimo também lorca como cadela inchada no cio caçando e caçada por mil cães famintos e esqueléticos carcomidos eu sou maria das dores com piedade e dó dos filhos barbudos pederastas dançando no melhor dos precipícios com fome e com sol quente derretendo a cabeça paradas paragens que meu professor me ensinou um céu e piva o bruxo me mostrou o inferno sou piva carniça e ossos quebrados qual porco em seus restos rejeitados pelo açougueiro sou clímax fraudulento e foda no ânus pederastas desses poetas que não servem nem pra guiar e não servem mais pra nada sou padre excomungado que leu sade e se excitou batendo punheta a máquina de escarrar já sem catarro o poeta tremejante sem poder esporrear em ninguém geme nas últimas horas e eu paro a minha vida neste ponto final.
Roberto Piva, e sua morte de todos os dias.
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