sábado, 7 de agosto de 2010

O verde escuro mar e o sol cansado de seu fogo é o melhor presente para se dar a Mersault. Estrangeiro.
Pois é assim que o dia o engana, por não ser a totalidade da noite.
Já a morte pinta seus olhos com as suas pequenas frações de verdade. O Cais de Santa Rita ,com seus roedores submersos. Marco Zero,tapete remoto aos olhos me dizendo da profundidade que há na superfície de seus planos.A cidade em baixo da água.O choro que nem sai mais: tomado pelo mar e levado pelo frio.

Mersault secou e sem raios se joga no mar adiante.

Sem amanhecer,morre.
Morto como o resto da noite deve ser.

Mersault matou.

O sol apavorado com o seu fim se joga no mar.Anoitece.

A força.A forca.E todos - O Mar,O sol e eu - adoramos o que seja fim em par com o eterno recomeço.

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"Lá chegam todos,lá chegam todos... qualquer dia,salvo venda,chego eu também... Se nascem,afinal,todos para isso..." Álvaro de Campos