quarta-feira, 1 de agosto de 2012

há passeios de passos curtos, com sorrisos rápidos e cores movimentando-se. e passeios de passos longos, onde finca saudade. crava.
saudade essa nasce miúda, e nem tem a quem lembrar, semente. pois em grandes saltos e festas, estamos tranquilos, eu e eu.
depois sim cambaleiam, as luzes e as cores e os ventos secam ou se enchem muito de água. estupor, em segundos milimétricos ao chão.
quando assim, essa falta grita tanto que ocupa os cantos esquecidos ao lado, acima, onde plantam as aranhas suas teias... o inominável da desatenção nossa, o intervalo do ruído para o silêncio.
ainda assim ela ,a saudade , está ainda inaudível. não se percebe o excesso pela falta. a tardança de um adeus. uma luta contra o sonho e o palpável.
vai tempo vem tempo, ameaça. se cresce e se mata mas nada. vai-e- vem tão medonho que : tchau saudade!
- até não mais ver!
porém passo-a- passo percebo ela atravancada. pousada nos poros da pele, em cada buraco de fio de cabelo, no sangue bombeado que como trem repete-se na estação do corpo. assim é. pupila se dilata quando escurece o céu, e saudade respeita o dia porém se agranda na noite. e já.
"um rio cheio chuê". um faz pensar constante. pesar.
nem deus nem gente que invente balança que meça essas coisas. faltando as palavras,vamos buscando.
e as paragens se alcançam indo até elas quando se sente saudade.


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"Lá chegam todos,lá chegam todos... qualquer dia,salvo venda,chego eu também... Se nascem,afinal,todos para isso..." Álvaro de Campos